Você se sente limitado?

Pode ser que você consiga apontar algumas coisas na sua vida que te limitam. Algumas pessoas podem se sentir limitadas sem conseguir definir de fato o porquê. A limitação é um bloqueio e pode nos aparecer como baixa auto estima, angústia, ansiedade, desmotivação, impotência, tristeza, insatisfação, etc… Vamos falar um pouco sobre como construímos nossa realidade. Em outras palavras, como construímos nossas limitações, bem como nosso sucesso.

Desde muito cedo, nossos pensamentos são moldados tanto pela nossa cultura como por nossas experiências pessoais. Uma crença é uma afirmação verdadeira sobre o mundo ou sobre nós mesmo, não importa se ela corresponde a realidade ou não; para ser considerada uma crença é apenas necessário que essa afirmação seja verdadeira para aquele que acredita. Formamos as nossas crenças através das nossas experiências perceptuais, através das nossas experiências de vida, através de processos de induções e deduções, ou do que ouvimos o outro dizer. Nosso conjunto de crenças serve como um referencial para entendermos o mundo e interagirmos com ele. Nós usamos nossas crenças para nos mantermos seguros, uma vez que as crenças formam a nossa “visão de mundo” e operam, muitas vezes, como um “piloto automático”, dirigindo a nossa vida e fazendo-nos interpretar um fato sem muita reflexão.

Uma vez que essas crenças estejam formadas, procuramos evidências que as comprovem, através de racionalizações. No entanto, existe uma irracionalidade nessa racionalização, pois ela desconsidera qualquer evidência contrária que ameace a desconstrução da crença, são as distorções cognitivas. Em outras palavras, a crença nos coloca numa espécie de bolha ou realidade que corresponde às nossas expectativas, impedindo, muitas vezes, que sejamos capazes de entender uma situação a partir de uma outra perspectiva, ou de uma perspectiva mais realista.

No processo de terapia, trabalhamos com as crenças autorreferentes – aquelas que dizem respeito ao próprio indivíduo -, assim como com as crenças disfuncionais que o indivíduo possa ter sobre outras pessoas ou sobre aspectos do ambiente que lhe rodeia.

Podemos classificar as crenças em funcionais ou disfuncionais. As crenças disfuncionais são criadas a partir de experiências muito difíceis ou traumáticas. Exemplos de crenças disfuncionais:

– Sou fraco;

– Nasci com defeito de fábrica;

– Não faço nada certo;

– Ninguém gosta de mim;

– Não sirvo para nada.

Já as crenças funcionais são crenças que permitem uma maior adaptação do indivíduo ao ambiente em que vive, fazendo-o perceber a si próprio e as situações que o rodeiam a partir de uma perspectiva mais saudável e realista. São exemplos de crenças funcionais:

– Em geral, as pessoas gostam de mim;

– Eu sou uma pessoal legal;

– Eu sou como as outras pessoas, com pontos forte e fracos;

– Eu tenho controle sobre muitas coisas.

Como é o processo de desconstrução dessas crenças disfuncionais?

A Psicologia possui uma série de recursos teóricos e técnicos voltados para a desconstrução de crenças limitantes ou disfuncionais. Neste site oferecemos recursos ligados à Terapia Cognitivo Comportamental, a Hipnoterapia e ao EMDR. Cada indivíduo se adequa melhor a cada uma das técnicas e abordagens. Leia os outros posts desse blog que descrevem melhor cada uma das técnicas e marque uma entrevista para que possamos saber qual técnica se adapta melhor à sua queixa.

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